Você acha que só dá pra conhecer um homem interessante em festas, boates e bares da moda? Pois você está redondamente enganada. Conheça as histórias de casais que se conheceram onde, quando e como menos esperavam. A partir de agora, nada de andar desleixada, nem se for pra ir até a esquina - o seu futuro namorado pode estar lá!
O primeiro encontro pode ser diferente se conhecemos o par em uma boate ou se a primeira vez é na lavanderia.
Por mais improvável que pareça, até o mais sagrado dos lugares pode vir a se tornar palco de azaração, como no caso da funcionária pública Michelle de A., 30 anos. Ela estava na Igreja (!), esperando começar a missa de domingo, quando um homem interessante sentou no mesmo banco que ela. "Ele sentou na pontinha. Graças a Deus, tinha uma goteira onde eu estava que usei como desculpa para me aproximar dele", conta Michelle. Ela confessa não ter prestado atenção ao sermão do padre, esperando ansiosamente pela 'hora da paz de Cristo'. "A gente se cumprimentou e puxei assunto. Como não podíamos ficar conversando na missa, deixamos para o final. Quando ele se apresentou, quase caí pra trás: o nome dele era Michel. Parecia que tinha nascido pra mim", conta Michelle, que chegou a namorar o xará, mas já está sozinha novamente.
Na fila da locadora
Ela estava de short e chinelo quando resolveu alugar um DVD. No caixa, o atendente falou em voz alta seu nome e sobrenome. Ela pegou o filme, foi pra casa e, 15 minutos depois, recebeu o e-mail de um rapaz, que dizia mais ou menos assim: "Estava atrás de você na fila da locadora e te achei linda. Decorei o seu nome e coloquei num site de busca. Agora que te achei, queria te chamar pra tomar um café, dar uma volta ou até me convidar para ver o filme com você". Depois de intensa troca de e-mails, os dois marcaram um encontro. "A gente descobriu um monte de afinidades, moramos perto, gostamos de cinema. E o beijo encaixou", resume Maria C., 31, publicitária, que está namorando há cinco meses. "Quando contamos como nos conhecemos, as pessoas rolam de rir", comenta.
O príncipe encantado pode estar mais perto do que você imagina. Ele pode morar no mesmo prédio que você, inclusive. A médica Camille C., 28, estava com problemas no computador e pediu ajuda ao porteiro - sem saber que ele fazia bicos como cupido. "O porteiro indicou um rapaz que morava no andar de cima e que trabalha com informática. Toquei a campainha e dei de cara com um homão, bonito, simpático e que, ainda por cima, consertou o meu computador", conta Camille, que até então nunca tinha esbarrado com o vizinho. Depois desse primeiro contato, a azaração continuou. "Pelo MSN", conta a médica, que pretende sair pra jantar com o vizinho em breve e está cheia de expectativas. "Outro dia ele foi ao mercado e perguntou se eu não estava precisando de alguma coisa", suspira.
Para a psicóloga graduada pela USP, psicoterapeuta individual e de casais Kelen de Bernardi Pizol, um encontro pode acontecer quando menos se espera. "A pessoa precisa estar aberta, pois pode deixar uma oportunidade passar por ter regras pré-estabelecidas na cabeça, como ‘esse lugar não é apropriando para esse tipo de coisa', destaca ela, afirmando ainda que há pessoas que desejam encontrar alguém, e outras que não querem - depende muito de cada um, dos objetivos e da fase de vida em que se está.
O primeiro encontro pode ser diferente se conhecemos o par em uma boate ou se a primeira vez é na lavanderia. "As pessoas se portam de forma diferente em cada ambiente É normal nos adaptarmos a diferentes situações e isso se reflete em como agimos com os outros, tendo em vista o que queremos passar e o que achamos que esperam de nós", explica a psicóloga, para quem não há uma mapa da mina para se conhecer alguém. "Todos têm mais ou menos uma idéia de lugares onde poderiam encontrar alguém com interesses parecidos, seja uma reunião de amigos, um bar, etc. O importante é se manter aberto e se adaptar ao que cada ocasião e pessoa exige", finaliza.
Serviço:
Dra. Kelen de Bernardi Pizol - www.psicoterapiacognitiva.com.br