Segundo estatísticas realizadas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, 30% das mulheres apresentam o problema em grau moderado e 5% de modo intenso. Com isso, os pesquisadores da instituição concluíram que 35 em cada 100 sofrem desse mal. Outros estudos apontam que 90% delas têm pelo menos um dos sintomas do distúrbio, em maior ou menor grau, durante sua fase reprodutiva.
De acordo com Mara Diegoli, coordenadora do Centro de Apoio à Mulher com TPM, do ambulatório de ginecologia do HC, trata-se de uma síndrome e não de uma doença, caracterizada por não apenas um, mas cerca de 100 sinais e queixas. A causa também não é única:
"Há um conjunto de fatores que vai desde hereditariedade e mudanças hormonais, até influências externas, como o estresse ou uma enfermidade", diz Mara. O quadro pode aparecer em qualquer idade da vida fértil, porém ele é mais freqüente por volta dos 30 anos. "Não sabemos o motivo, mas é possível que nessa idade a mulher fique mais sensível às alterações hormonais", explica a ginecologista.
Por sorte, a medicina já descobriu diversas maneiras de controlar e prevenir o problema. Se você é uma das vítimas da TPM, mas prefere buscar alternativas mais naturais e menos invasivas para cuidar de sua saúde, confira quais são as dez melhores terapias para espantar de vez o distúrbio.
"A TPM é o resultado de diversos desequilíbrios, que nem sempre são hormonais ou físicos. Com o ritmo de vida cada vez mais agitado, ela costuma aparecer em conseqüência do estresse acumulado por muito tempo"
Tereza Amoêdo, homeopata
Homeopatia
"Semelhante atrai semelhante". Esse é o fundamento da homeopatia, que não visa à doença, e sim ao indivíduo. "Não estamos preocupados com a TPM. O que importa é como ela se manifesta em cada pessoa", afirma Isabel Braga, homeopata da Clínica Terapêutica Harmonya, no Rio de Janeiro. O objetivo principal é tentar restabelecer o funcionamento normal do organismo no que se refere ao físico e ao mental da mulher. Onde encontrar: Clínica Terapêutica Harmonya, site: www.harmonya.com.br, tel.: (21) 3150-2520.
AromaterapiaEsta técnica baseia-se na utilização de óleos essenciais 100% puros, extraídos de plantas, com intuito de gerar o equilíbrio e o bem-estar. Essas substâncias são facilmente absorvidas pelo olfato e pela pele. De acordo com Maria Alice de Araújo Lopes, pedagoga e aromaterapeuta de Curitiba - PR, quando os óleos são inalados, suas moléculas são direcionadas ao sistema límbico, responsável pela memória e pelas emoções. "Gerânio, erva-doce e sálvia esclaréia funcionam como reguladores hormonais, pois estimulam o sistema endócrino", diz. A lavanda reduz as dores musculares e as cólicas. Já a rosa e bergamota relaxam, equilibram e diminuem o estresse, a irritação e a tristeza. "Gestantes e pessoas com doenças crônicas ou necessidades especiais devem se submeter com cautela, pois podem apresentar alguma reação inesperada. Por isso o acompanhamento de um profissional é tão importante", finaliza. Onde encontrar: Banho Maria Aromaterapia, e-mail: mariaalice@banhomaria.com, tel.: (41) 9943-7890.
ReflexologiaEste recurso se resume na pressão de pontos específicos dos pés, com a finalidade de melhorar o funcionamento de vários órgãos do corpo. "Os efeitos são ótimos quando o método é associado à fitoterapia. Além disso, todas as especialidades da Medicina Tradicional Chinesa podem ser usadas para tratar a TPM. Tui-na, massagem chinesa e o qi gong também dão ótimos resultados", explica Aderson Moreira da Rocha, médico, pesquisador da Medicina Oriental e presidente da Associação Brasileira de Ayurveda, no Rio de Janeiro. Onde encontrar: Clínica de Ayurveda - Centro de Terapias Orientais, site: www.ayurveda.com.br, tel.: (21) 2537-3251.
Auriculoterapia
Segundo Tereza Amoêdo, terapeuta holística do Rio de Janeiro, a auriculoterapia - terapia oriental que consiste na aplicação de sementes ou microagulhas na orelha externa - é bastante eficaz contra o problema. Os estímulos feitos em alguns dos mais de 200 pontos existentes na região amenizam os sintomas. "A TPM é o resultado de diversos desequilíbrios, que nem sempre são hormonais ou físicos. Com o ritmo de vida cada vez mais agitado, ela costuma aparecer em conseqüência do estresse acumulado por muito tempo", afirma.