As mulheres contam agora com um novo e eficiente aliado no combate a uma grande inimiga, a celulite. Trata-se da carboxiterapia, técnica que elimina ou reduz a celulite através da injeção de gás carbônico (CO2) no tecido subcutâneo, através de uma agulha fina, como a que é usada nas aplicações de insulina. Como a celulite é um edema na derme, a terapia vai atuar promovendo uma melhor circulação sangüínea da área afetada. A técnica se mostra eficiente ainda nos tratamento de flacidez, gordura localizada e estrias.
"É mais uma arma terapêutica no combate ao problema", considera a presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Estética (SBME/Ba), a dermatologista Marilúsia Maia Costa.
Embora a técnica tenha sido criada há cerca de dois anos, só recentemente ele vem se popularizando, em função dos custos, que se tornaram mais acessíveis. O gás é injetado em diversos níveis, a depender da patologia que se quer tratar. Como explica a dermatologista especializada em medicina estética, Denise Matoso, o próprio gás incita a pele na formação de novas fibras.
Embora cada caso deva ser tratado de forma individual, a especialista informa que, geralmente, o tratamento dura em média dez semanas, com duas sessões semanais. As sessões costumam durar cerca 30 minutos e a dor é suportável. No entanto, há uma única advertência: durante o tratamento, a paciente deve manter a área bem longe da exposição ao sol. "A carboxiterapia tem sido muito procurada, porque os resultados são visíveis em poucas sessões", destaca o cirurgião plástico Messias Maciel.
Diferentemente da celulite, para o combate à flacidez o gás carbônico é injetado entre a epiderme e a derme, promovendo um aquecimento que vai estimular a fabricação de colágeno, substância fundamental na composição da pele. Já no tratamento da gordura localizada, o gás deve ser aplicado no plano mais profundo, a 0,6 milímetros, no intuito de atingir o tecido celular subcutâneo onde está armazenada a gordura. "A terapia vai liqüefazer a gordura, que é metabolizada e excretada'', explica. Em qualquer circunstância, é unanimidade entre os especialistas que a combinação de métodos otimiza os resultados. No caso das estrias, por exemplo, o ideal é combinar um tratamento de peeling, laser e carboxiterapia.
Já para a celulite, é bom aliar a nova técnica à endermologia e à drenagem. Entretanto, embora os tratamento estéticos venham revelando-se armas bem eficazes, os especialistas chamam a atenção para o fato de que eles sozinhos não funcionam. Para obter melhores resultados, é necessário, acima de qualquer coisa, que eles estejam acompanhados da prática de exercícios físicos e de uma boa alimentação. Sacrifícios que, em busca de um corpo sarado, muitas mulheres não vêem problema nenhum em fazer