A expectativa de vida aumentou em todas as classes sociais, nos últimos 30 anos, de acordo com uma pesquisa britânica publicada nesta quarta-feira, pelo Office for National Statistics - ONS - (Escritório para Estatísticas Nacionais, em tradução literal). As mulheres das classes sociais mais altas, no entanto, são as que vivem mais chegando aos 85 anos, média de idade que aumentou em 30 meses, quando comparada com os últimos quatro anos.
Segundo o site britânico Times Online, alguns especialistas afirmam que o estilo de vida feminino fez a diferença para a longevidade. O tipo de dieta, as quantidades de cigarro e bebidas consumidas pelas mulheres costumam ser menores do que a dos homens, o que também é fundamental para a vida mais longa.
Conforme as informações do jornal, as mulheres estão em sua melhor forma: possuem acesso mais rápido aos cuidados com a saúde, conseguiram diminuir os números de mortes por câncer de mama e desfrutam melhor de suas férias de trabalho.
A pesquisa do ONS mostra que a expectativa de vida das mulheres na hora do nascimento nas classes mais altas saltou de 82,6 anos, em 2001, para 85,1, em 2005. Durante o mesmo período, nas classes mais baixas, a expectativa de vida feminina aumentou de 77,9 para 78,1 anos.
Os homens das classes mais altas tinham uma expectativa de vida na hora do nascimento de 79,5 anos, em 2001, passando para 80 anos, em 2005. Já os de classe mais baixa saltaram dos 71,5 para 72,7 anos, de acordo com os dados da ONS.
A pesquisa também mostra que entre 1972 e 2005, tanto homens quanto mulheres classificados em ocupações não-manuais, tais como secretários, caixas, jornalistas, professores, médicos, advogados e revendedores, tiveram um aumento maior na expectativa de vida na hora do nascimento e ao completarem 65 anos, quando são comparados com aqueles classificados em ocupações manuais, a exemplo de encanadores, eletricistas, motoristas, seguranças e garçons. Um homem de 65 anos de idade com um status elevado deve viver 18,3 anos mais do que há 30 anos.